Uma análise da coorte OPERA avaliou uma amostra com mais de 3800 doentes naïve, que de maio de 2019 até 30 de abril de 2021 iniciaram tratamento com DTG/3TC (2DR), 3DR com bictegravir ou 3DR com dolutegravir. À luz deste trabalho, as taxas de incidência de falência virológica foram de 1,74 (DTG/3TC), 2,25 (BIC 3DR) e 3,55 (DTG 3DR) por 100 doentes-ano, ao longo do período de follow-up de quase 15 meses em cada grupo.
Relativamente às descontinuações do tratamento, definida pela alteração no regime terapêutico ou por lacunas na prescrição que ocorreram num período superior a 45 dias, esta análise evidenciou “uma incidência de 8,50 (BIC, 3DR), 14,91 (DTG/3TC) e 27,91 (DTG 3DR) por 100 pessoas-ano” durante a fase pandémica. Quase um terço dos doentes com longos intervalos sem uma prescrição médica voltaram à terapêutica prévia.
Como conclusões, os autores (G. Pierone et. al.) deste trabalho (“Real-world use of dolutegravir/lamivudine in treatment-naïve people living with HIV during the COVID pandemic”) referem que, “entre doentes naïve, as falências virológicas foram incomuns com DTG/3TC (2DR), BIC 3DR e DTG 3DR”. “Muitas das descontinuações foram atribuíveis a lacunas de prescrição. Porém, quase um terço dos doentes retornaram ao regime inicial.”