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Dados de vida real em indivíduos naïve e em switch terapêutico reforçam eficácia e segurança de regimes baseados em dolutegravir

Dados de vida real em indivíduos naïve e em switch terapêutico reforçam eficácia e segurança de regimes baseados em dolutegravir

O poster “Effectiveness and safety of dolutegravir-based two-drug regimens in a multicentre cohort in Spain” resulta de um estudo no qual se observou que, em indivíduos naïves ao tratamento, a eficácia e tolerabilidade de dolutegravir/lamivudina foram semelhantes a outros regimes de terapêutica antirretroviral de primeira linha. Este trabalho permitiu ainda avaliar o switch terapêutico para combinações com dolutegravir em doentes virologicamente suprimidos.

Neste estudo foram incluídas pessoas da Spanish AIDS Research Network Cohort (CoRIS), tendo sido utilizada regressão logística multivariada para cálculo de odds ratio (OR) para a supressão viral (RNA de VIH <50 cópias/mL) e regressão linear para as diferenças médias nos aumentos das contagens de células CD4 às semanas 24 e 48 após o início da terapêutica antirretroviral, em comparação com os regimes de primeira linha prescritos em >5% dos indivíduos do setting de mundo real de agosto de 2018 até novembro de 2020. Os investigadores calcularam igualmente a proporção de indivíduos virologicamente suprimidos que assim se mantiveram às semanas 24 e 48 após o switch terapêutico para dolutegravir/rilpivirina (DTG/RPV) e dolutegravir/lamivudina (DTG/3TC) de janeiro de 2018 a novembro de 2020.
Sobre os resultados obtidos nos indivíduos naïves ao tratamento, observou-se que os regimes preferenciais de início foram mudando ao longo do tempo: em 2018 as combinações mais utilizadas foram abacavir/3TC/DTG (34,8%), tenofovir disoproxil fumarato/emtricitabina + DTG (27,2%) e tenofovir alafenamida fumarato/emtricitabina/elvitegravir/cobiscistat (24,5%); em 2020, tenofovir alafenamida fumarato/emtricitabina/bictegravir (57,4%) e DTG/3TC (25,7%) foram os regimes mais prescritos.
De acordo com os investigadores, não foram encontradas diferenças significativas por regime de primeira linha para a resposta imunológica e virológica. Quanto à segurança, à semana 48, a proporção de descontinuações por eventos adversis foi maior com tenofovir disoproxil fumarato/emtricitabina + DTG (8,1%) e tenofovir alafenamida fumarato/emtricitabina/elvitegravir/cobiscistat (5,8%).
Relativamente aos indivíduos já submetidos a tratamento e em supressão virológica, verificou-se que a proporção de switch terapêutico para DTG/RPV e DTG/3TC aumentou de 1% e 7,3% em 2018, para 3,8% e 41,9% em 2020, respetivamente. Mais ainda, às semanas 24 e 48, 96,1% (74/77) e 90% (45/50) dos indivíduos que mudaram para DTG/RPV e 97,0% (487/502) e 93,5% (300/321) daqueles que mudaram para 3TC/DTG mantiveram a supressão virológica. Assim, concluiu-se que o switch para DTG/RPV ou DTG/3TC em indivíduos virologicamente suprimidos não pareceu prejudicar a eficácia terapêutica.
Mais informações sobre este poster (P091), podem ser consultadas no livro de abstracts em https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1002/jia2.26009.

 

 

quinta-feira, 03 novembro 2022 16:55
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