“Levámos ao congresso um póster, através de uma das nossas internas, em que mostrámos a experiência com o fármaco bictegravir/emtricitabine/tenofovir alafenamide (B/F/TAF) com doentes naïve e doentes em switch”, indica.
Mencionando a existência de vários outros pósteres com a mesma temática, a Dr.ª Inês Vaz Pinto evidencia a participação e contributo da equipa com o póster “Real-life experience with bictegravir/emtricitabine/tenofovir alafenamide (B/F/TAF) in a single centre in Portugal”.
São os “ensaios clínicos que levam ao licenciamento dos fármacos que mostram a evidência mais robusta, levando à aprovação dos fármacos”, destaca a especialista em Medicina Interna. Todavia, atribui grande importância aos estudos de vida real realizados nos diferentes centros, vários países e contextos. Face a estas diferenças, considera fulcral observar “como é que os fármacos se comportam”.
Acrescenta que “o contexto do estudo de vida real não é o mesmo dos ensaios clínicos e portanto é muito importante existirem estas evidências. Nós contribuímos, mostrando que no nosso centro os resultados com este fármaco vão ao encontro daquilo que os ensaios clínicos mostraram. Não há surpresas, não há mais resistências. Esse é o grande contributo que nós, em centros mais pequenos, em que não temos uma capacidade de investigação tão grande, também realizamos muito trabalho, sendo importante mostrar esta componente”.
A Dr.ª Inês Vaz Pinto compartilha que o HIV Glasgow acolheu a apresentação de muitos estudos de vida real, “não só com o Biktarvy, mas também com outros fármacos, como o Dovato ou alguns dos novos fármacos injetáveis”. Assim, sublinha “a sequência normal do que se passa na nossa atividade”: primeiro, o aparecimento dos ensaios clínicos e depois “nós que estamos no terreno mostramos como tudo funciona sem ser em ambiente de ensaio clínico”.